Garantindo transmissões em banda C sem interferência do 5G

     


    TV TEM escolhe a banda C planejada de Eutelsat
     

    Afiliada da Globo no interior de São Paulo escolheu o satélite da companhia francesa para aumentar a sua capilaridade e utilizar a banda C planejada para chegar aos telespectadores.
     

    Uma das emissoras de televisão brasileira que escolheu mudar, em 2020, da banda C padrão para banda C planejada no Eutelsat 65 Oeste foi a TV TEM, afiliada da Globo, com sede em Sorocaba, São Paulo tem quatro (4) geradoras que transmitem 4 sinais diferentes cobrindo 318 cidades da região, chegando a cerca de 9 milhões de pessoas.

    Ewerton Maciel, CTO da TV TEM, afirma que a decisão tomada em 2020, já tinha no horizonte o leilão do 5G. “No momento da troca de operação de operadora já tínhamos no radar o leilão de 5G, não tinha acontecido obviamente, mas ele já era discutido e acompanhamos bem de perto essa história, tanto no mercado nacional quanto no mercado Internacional. Temos uma posição bem definida quanto a isso. Fez parte do pacote da decisão do uso de banda planejada também o leilão de 5G”.

    Isso, porque segundo explica Maciel, para migrar houve que realizar “toda a adequação do parque técnico para poder receber e transmitir o sinal utilizando uma frequência diferente da que estávamos habituados. Feitas adequações técnicas. A transição foi bem calma, bem direta, não tivemos sobressaltos. Conseguimos fazer, inclusive, a migração dessa área de cobertura de 318 cidades no meio da pandemia, o que foi bem desafiador, mas do ponto de vista técnico, tanto da transmissão quanto da recepção, foi bem tranquilo”.

    Chegada do 5G
     

    Para o CTO da TV TEM a escolha da banda C planejada ofertada pela Eutelsat foi acertada porque “acabamos, de maneira indireta, tendo uma proteção, porque nós estamos mais afastados de onde vai haver toda a transição dos novos entrantes da faixa. É claro que todas essas regras estão bem definidas a as agências reguladoras envolvidas vão acompanhar todo esse processo, mas sabemos que esse tipo de situação de interferências pode acontecer principalmente durante essa transição”.

    De fato, o 5G que será oferecido pelas operadoras Claro, TIM e Vivo, na faixa radiofrequências de 3,5 GHz, pode afetar as emissoras que utilizam do FSS ((Fixed Satellite Services) acima da faixa de 3.700 MHz para prestar seus serviços. Motivo pelo que Maciel afirma que “do ponto de vista técnico temos uma certa proteção, até pelo tão distante que estamos da parte da faixa que vai sofrer a alteração”.